Palpitação no pronto socorro - Telemedicina Mônica

Palpitação no pronto socorro



Arritmia é um assunto que dá arrepios em muita gente e uma queixa comum nas unidades de emergência. A interpretação de uma arritmia pode ser complexa, tanto que é hoje uma subespecialidade dentro da cardiologia geral conhecida como ritmologia (estudo do ritmo cardíaco)

Se você está de plantão em uma UPA (unidade de pronto atendimento) ou pronto-socorro e é o único clínico, caberá a você a decisão inicial.

A abordagem inicial ao paciente com arritmia requer a interpretação do ritmo que aparece no monitor e não necessariamente de um ECG de 12 derivações. Por isso, não precisa saber tudo de ECG para salvar este paciente!

Na avaliação inicial, há quatro queixas que podem aparecer em um paciente com arritmia grave:

  • Palpitações
  • Dor precordial anginosa
  • Dispneia, congestão pulmonar, edema agudo de pulmão
  • Baixo débito: lipotimia, síncope, “tonteira”, sudorese fria

Em uma primeira abordagem na avaliação do monitor cardíaco cabe duas perguntas:

  1. Ritmo cardíaco taquicárdico (>100 bpm) ou bradicárdico (< 50 bpm)?
  2. Se o ritmo é taquicárdico o QRS está estreito ou alargado?

Basicamente respondendo a estas duas perguntas o clínico geral já terá resolvido metade dos problemas do paciente. Inicialmente vamos abordar o ritmo cardíaco taquicárdico motivo deste artigo.

O clínico geral se depara com o paciente em um pronto socorro com queixa de palpitação taquicárdica e ao deitar o paciente na maca e colocar os eletrodos de monitorização cardíaca ou ao se realizar o ecg de repouso se depara com o traçado abaixo.

No traçado acima indentifica-se um ritmo cardíaco acelerado (taquicárdico) com frequência cardíaca acima de 100 bpm. Próximo passo então é analisar se o QRS é estreito (taquicardia supraventricular) ou não.

Acima nota-se um eletrocardiogram com uma taquicardia de QRS estreito com o intervalo entre as ondas R regulares .
Para o clínico geral na sala de emergência não se faz necessário dar o diagnóstico preciso da arritmia, mas sim saber que se trata de uma taquicardia paroxística supraventricular.

Fique atento a nossos artigos. Nos próximos estaremos abordando as taquicardias de QRS alargado para o clinico geral.